Chips de Internet móvel para alunos da UFC? Veja respostas para as principais dúvidas sobre o assunto

ft 200617 chipSegue, até o próximo domingo (21), o prazo para inscrições na ação de Inclusão Digital da Universidade Federal do Ceará, que distribuirá 6 mil chips de planos de Internet móvel (3G/4G) a alunos da Instituição. Conduzida pela Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE), a medida é destinada a estudantes com vulnerabilidade socioeconômica matriculados em cursos de graduação presencial da UFC.

Mas, e como funcionará esse plano? Desde que a ação foi divulgada, diversos alunos encaminharam dúvidas aos canais de comunicação da UFC, que foram compiladas e respondidas logo abaixo. É importante lembrar que as principais informações sobre o processo seletivo para a ação estão no Edital nº 08/2020. Outras dúvidas podem ser esclarecidas pela PRAE, através do e-mail prae@ufc.br.

PERGUNTAS FREQUENTES SOBRE AÇÃO DE INCLUSÃO DIGITAL DA UFC

Como os estudantes que precisam do chip tomarão conhecimento da oferta desses chips se eles não tiverem acesso à internet?
A divulgação da oferta do chips acontece pelos canais digitais da Universidade porque a grande maioria dos estudantes tem acesso a essas plataformas. Vale lembrar que a própria matrícula da Universidade e os processos de inscrição para bolsas já são realizados de forma exclusivamente digital. Como a maioria tem acesso, isso facilita a criação de uma rede de multiplicadores da informação. Ainda assim, a UFC também tem trabalhado a divulgação do pacote de chips nos jornais, rádios e TVs. Tudo para que essa informação chegue a todos os alunos.

E se a pessoa não tiver um celular para usar?
Para quem não tem acesso a celular, a Universidade estará disponibilizando máquinas em bibliotecas, laboratório e salas de estudo na Universidade para que esse aluno possa assistir aos conteúdos do seu curso. Esses locais estão sendo preparados seguindo um rigoroso protocolo de segurança, que prevê a higienização e regras de distanciamento para evitar aglomerações quando as atividades presenciais forem autorizadas. Mas, caso o estudante não possa ou não queira se deslocar até esses locais, ele pode realizar a supressão da matrícula em disciplina ou o trancamento (quando o aluno tiver interesse em suprimir todas as disciplinas em que estiver matriculado), sem que isso implique qualquer tipo de prejuízo nos indicadores de desempenho do aluno ou no fluxo acadêmico.

Como será a entrega dos chips?
A distribuição dos chips aos estudantes será realizada em cada campus e em local a ser definido após o resultado. O chip será entregue exclusivamente ao estudante deferido no processo, mediante apresentação de documento de identidade com foto, seguindo os protocolos de proteção contra o novo coronavírus. Importante: os beneficiados precisam usar máscara de proteção e, preferencialmente, levar a própria caneta. Os estudantes de Fortaleza que moram fora da Região Metropolitana poderão receber os chips pelo correio no endereço informado no formulário de inscrição. Cada campi do Interior fará um levantamento da situação de entrega dos chips, avaliando a possibilidade de remessa pelos Correios também. Alunos dos campi do Interior que estejam em Fortaleza devem receber o chip na Capital.

Qual a velocidade e a cobertura dos pacotes adquiridos pela UFC? A Universidade vai repor os créditos dos celulares todas as vezes que o pacote acabar?
Os planos de pacote de dados contarão com 20 GB, o que é suficiente para que o aluno possa assistir todas as aulas, conforme parecer técnico da Superintendência de Tecnologia da Informação que assessorou o processo de escolha da melhor forma de inclusão digital. Pelo contrato licitado, esse limite se renova mensalmente entre julho e dezembro.

Como devo fazer caso meu chip apresente algum problema de funcionamento?
Neste caso, o aluno deverá entrar em contato com a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE) pelo e-mail prae@ufc.br, relatar o problema e solicitar a troca do chip.

Por que se optou pela política de contratação dos pacotes de dados?
A UFC entende que a comunidade universitária é muito ampla e diversa. São muitas realidades distintas. Por isso, a UFC tem se esforçado em tudo o que for possível para garantir ao máximo de alunos condições de assistir aulas, com o mínimo de risco sanitário. A contratação dos pacotes de dados foi uma necessidade percebida a partir de uma pesquisa realizada no mês de maio na comunidade acadêmica, a maior já feita até agora na história da Universidade. Nela, foi observado que 11% dos alunos têm acesso à internet com pacotes de dados inferiores ou iguais a 15 gigabytes e 1% não possui nenhum acesso. Há, em todo o mundo, uma tendência, sobretudo entre os jovens, na preferência de acesso à rede pelo uso de celular, fato confirmado pela pesquisa realizada em maio com a comunidade acadêmica. O levantamento mostrou que prevalece o uso de celular como forma mais importante de acesso entre os alunos. Por conta disso, a UFC decidiu contratar pacotes de dados para 6 mil estudantes, o que equivale a 20% dos alunos. Para se ter ideia do esforço da UFC, a UNICAMP também contratou pacote de dados para estudantes sem acesso a Internet para um universo de 500 estudantes.

E se a rede do celular não pegar na área onde moro?
Para todo mundo que não conseguir acessar as aulas remotamente de casa, seja por problema de rede ou de equipamento, a UFC disponibilizará máquinas em salas na Universidade para que esse aluno possa assistir os conteúdos do seu curso. Essas salas estão sendo preparadas seguindo um rigoroso protocolo de segurança, que prevê a higienização e regras de distanciamento para evitar aglomerações.

Por que a UFC tomou como base uma pesquisa feita pela internet se nem todo mundo tem acesso à internet?
Esse questionamento desconhece como a pesquisa foi feita. Esse foi o mais amplo levantamento feito na história da Universidade, com participação de mais de 10 mil dos 30 mil alunos da Universidade. O mais importante, no entanto, é conhecer a amostra, e dela mais de metade dos respondentes são cotistas. Sabe-se que há uma correlação positiva entre alunos cotistas e aqueles em situação de vulnerabilidade. A pesquisa sugere que 12% dos alunos não possuem internet de boa qualidade. Ainda assim, para garantir o máximo de acesso ao máximo de pessoas, a Universidade irá disponibilizar pacotes de dados para 20% da comunidade.

Como fica a situação de quem tem de realizar aulas práticas?
Vai depender muito do tipo de aula prática. Os cursos devem avaliar se algum componente dessas aulas práticas pode ser dado de forma remota. Para os casos em que isso não seja possível, como estágios e disciplinas obrigatoriamente presenciais, os alunos serão chamados para as atividades na Universidade, seguindo orientações específicas da Pró-Reitoria de Graduação (PROGRAD). Vale dar uma olhada nas Perguntas Frequentes que a PROGRAD elaborou. Reforçamos que as salas a serem utilizadas estão sendo preparadas seguindo um rigoroso protocolo de segurança, que prevê a higienização e regras de distanciamento para evitar aglomerações.

Por que a UFC simplesmente não cancela o semestre?
Pela natureza da nossa atividade, não há como garantir a segurança de alunos, servidores e professores com aulas presenciais. Por outro lado, ninguém sabe quando haverá uma vacina ou cura e, portanto, até quando essa situação se estenderá. Por isso, algumas universidades já anunciaram que não retornarão as aulas presenciais até meados de 2021. O prejuízo de simplesmente cancelar o semestre e ainda correr o risco de ter de cancelar o próximo é enorme, especialmente para os alunos que estão próximos de concluir o curso. Os estudantes têm direito universal à educação, e a Universidade tem a obrigação de encontrar formas para garantir isso, por mais desafiadora que seja a situação. Pesquisas indicam que um longo tempo sem a continuidade do ensino prejudica principalmente os alunos com maior vulnerabilidade, sendo este um fator importante na evasão e retenção, fenômenos que a UFC procura combater. O momento atual é desafiador e as adversidades que ele traz são lançadas à Universidade, à qual cabe o papel de buscar formas de adaptação à nova realidade e, investindo em sua capacidade tecnológica, ser referência em valores como superação e resiliência. Por estas razões, o Conselho Universitário deliberou pela continuação de turmas com aulas em formato não-presencial. E é por isso que mais de 60% das universidades brasileiras está planejando a retomada com aulas à distância, ao passo que algumas ‒ como a USP e UNICAMP ‒ já iniciaram esse processo.

Fonte: Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE) da UFC ‒ e-mail: prae@ufc.br