Seguirão suspensas, até o dia 15 de maio, as atividades presenciais administrativas e acadêmicas da Universidade Federal do Ceará, conforme determinado na Resolução Ad Referendum nº 10/CONSUNI, assinada nesta quinta-feira (30) pelo reitor, Prof. Cândido Albuquerque. A decisão é válida para todos os cursos de graduação e pós-graduação em todos os campi da Instituição.
A deliberação foi tomada, em face da urgência, considerando as recomendações do Comitê de Enfrentamento à COVID-19 na UFC. O novo documento prorroga a Resolução nº 8/CONSUNI, de 30 de março, que dispõe sobre ações a serem realizadas no âmbito da UFC, em virtude da pandemia decorrente do novo coronavírus (SARS-COV-2/COVID-19).
Reafirmando a resolução anterior, as atividades acadêmicas remotas, incluindo orientações, fóruns e aulas mediadas por tecnologia, poderão continuar sendo realizadas no período, quando possível. Em relação aos estágios supervisionados obrigatórios, as atividades presenciais seguem suspensas até o dia 15 de maio. Já as atividades de internato em saúde, inclusive presenciais, todavia, seguem sem suspensão.
Reiterando as decisões tomadas anteriormente pelo Conselho Universitário (CONSUNI), mantém-se a previsão de reavaliação do Calendário Universitário, para que não haja prejuízo à comunidade acadêmica.
O QUE FUNCIONA – Os alunos das Residências Universitárias continuarão recebendo suas refeições por serviço de entrega no novo período, conforme já vinha ocorrendo. O Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), a Maternidade-Escola Assis Chateaubriand (MEAC) e a Farmácia-Escola seguem em funcionamento.
Para casos emergenciais, continuam funcionando os seguintes serviços de atendimento à saúde: Coordenadoria de Perícia e Assistência ao Servidor (CPASE), Clínica-Escola de Psicologia, atendimento psicológico e assistência social da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE). As demais atividades que deverão manter-se em funcionamento, ainda que em regime especial, estão listadas na Resolução nº 08/CONSUNI.
Saiba como algumas atividades funcionam no período de isolamento:
Em www.ufc.br/coronavirus há uma série de notícias sobre como as unidades administrativas e acadêmicas têm adaptado seus atendimentos durante a crise provocada pela pandemia da COVID-19, além de ações da Universidade Federal do Ceará para o enfrentamento ao coronavírus.
Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social e Marketing Institucional da UFC – e-mail: ufcinforma@ufc.br
Em tempos de quarentena e isolamento social, a Coordenadoria de Comunicação Social e Marketing Institucional (CCSMI) lança o UFC Talks, série de entrevistas com professores e pesquisadores de diferentes áreas para nos ajudar a refletir sobre assuntos específicos inseridos em grandes temáticas. As entrevistas estão disponíveis no portal ufc.br com divulgação em todas as redes sociais da Universidade Federal do Ceará.
Para começar, na temporada de estreia vamos conversar sobre os desafios impostos pela pandemia do novo coronavírus. A primeira entrevistada é a psicóloga Kelen Gomes Ribeiro, doutora em Saúde Coletiva e professora da Faculdade de Medicina e do Programa de Pós-graduação em Saúde Pública da UFC.
Nessa conversa, ela fala sobre medo e ansiedade neste período de isolamento, dá dicas para manter a saúde mental e de como deve ser a relação com as crianças neste momento. “É importante que se desenvolva um movimento para desacelerar, numa perspectiva de busca do repouso e de confortos, evitando a instalação de mais mal-estar”, diz.
ufc{talks} – Por que é tão difícil atravessar este período de isolamento social?
Kellen Ribeiro – O distanciamento ou isolamento social promovido para diminuir a propagação do novo coronavírus é uma medida muito relevante, mas tende a ser difícil porque traz muitas implicações, inclusive psicológicas. Não será vivido da mesma forma por todos; pode ter contornos diferentes. Somos seres biopsicossociais; construímos nossa identidade na relação com a gente mesmo e com os outros. Viver junto com outras pessoas é algo importante para o ser humano.
Historicamente, isso fez com que aumentasse a sobrevivência da espécie. Em conjunto, ficou mais viável conseguir alimento e construir abrigo, por exemplo. Isso inclui os mecanismos psíquicos: com a intenção de sobrevivência, nós nos mantemos em contato. Com menos contato, tendemos a ficar em alerta. Ancestralmente, estar sozinho significa perigo.
Estamos diante de perigos reais, que desencadeiam medo e ansiedade. O medo é fomentado por aspectos bem palpáveis: medo do adoecimento, do meu próprio, do de pessoas queridas e de pessoas com quem eu possa ter tido contato; medo de apresentar sintomas graves e não contar com assistência em saúde; medo de chegarmos a uma situação em que não teremos como cuidar de filhos ou de outras pessoas que contariam com nossos cuidados; e medo da morte.
São muitas possibilidades de perdas, o que nos remete também ao apego, nossa capacidade de construir vínculos com os outros. A teoria do apego de Bowlby nos dá elementos para compreender a tendência das pessoas para estabelecer fortes laços afetivos. Dentro dessa teoria, os laços não se desenvolvem apenas para satisfazer a instintos biológicos, como o de alimentação e o sexual, mas também por necessidade de segurança e proteção. Temos a forte reação emocional que ocorre quando esses laços ficam ameaçados ou rompidos.
Estudos mostram que, além do medo da morte em si, associam-se a ele: 1) o medo da dor e do sofrimento; 2) o medo da dependência e; 3) o medo de estar sozinho na hora de morrer. Nossa tristeza profunda quando vemos os caminhões da Itália levando os corpos também se relaciona a isso; sabemos que essas pessoas muito provavelmente não estiveram com suas famílias nos momentos finais de suas vidas. Nesse contexto, dentro de casa, há grande possibilidade de as pessoas sentirem tristeza, raiva, saudade e mesmo falta de esperança.
Junto com isso entra a ansiedade, que tem relação direta com a vivência da falta de controle da situação. Uma característica do estado ansioso é a excitação, que promove uma aceleração do pensamento. A literatura aponta que ocorre uma elaboração, com a tentativa de planejar uma maneira para eliminar o perigo no menor espaço de tempo possível. Esse movimento mental, no contexto atual do coronavírus, é ineficiente. A sensação de perigo continua e a conclusão de que ainda não é possível eliminá-lo leva a um ciclo vicioso, porque essa sensação aumenta o estado ansioso.
Para que a gente saia desse ciclo, é importante que se desenvolva um movimento para desacelerar, numa perspectiva de busca do repouso e de confortos, evitando a instalação de mais mal-estar.
ufc{talks} – Diante disso, o que fazer para tentar manter a saúde mental e reduzir a ansiedade?
Kellen Ribeiro – Estamos diante de crises e precisamos tentar lidar da melhor forma possível com elas. A OMS [Organização Mundial da Saúde] apresentou um guia com dicas para enfrentar consequências psicológicas vividas neste período. Quero destacar algumas e reforçá-las.
Evite a busca excessiva de informações. Escolha um ou dois momentos do dia para se informar, em fontes fidedignas, como o próprio site da OMS ou de outras autoridades competentes. É importante diferenciar os boatos, as atuais “fake news”, dos fatos.
Crie oportunidades para tratar de histórias positivas de pessoas que tiveram a COVID-19, como as que já se recuperaram e estão bem.
Se está trabalhando, busque pausas. Essa crise nos impulsiona para sair do automatismo;
Se está em casa, tente criar uma rotina com tarefas regulares: limpar os cômodos, cozinhar, fazer atividade física, trabalhar, se for o caso. A rotina aumenta a previsibilidade e isso contribui para diminuir a ansiedade. Se estiver na companhia de outras pessoas, organizem-se para que ninguém fique sobrecarregado.
Crie possibilidades de atividades prazerosas, como escutar música ou assistir a filmes. Atividades manuais também tendem a ser benéficas. Se você se sente em condições de resolver pendências, resolva-as. Mas não faça disso uma obrigação.
Procure ser mais cuidadoso com sua alimentação. Pare de consumir aquilo que lhe causa dano: desde alimentos a notícias. A gente precisa ter condição de “digerir”, física e simbolicamente, aquilo que chega.
Fique em contato com a família e os amigos, fortaleça os vínculos afetivos com o uso dos recursos que temos. Ter uma rede de apoio é considerado um dos determinantes sociais da saúde e, para a atualidade, essa rede precisa passar a funcionar de maneira diferenciada.
Dedique-se ao auxílio de outras pessoas, vizinhos, idosos, pessoas em situação de vulnerabilidade social. Alguns precisarão de recursos materiais e outros ficarão bem satisfeitos apenas com ligações frequentes. Centre sua atenção também em pessoas que moram sozinhas. Além do benefício objetivo de quem recebe ajuda, temos que a sensação produzida no corpo após um ato generoso contribui para nossa saúde física e mental.
Tente sustentar a perspectiva do sono regular, procurando manter inclusive o horário habitual. Temos noção do quanto isso é desafiador neste momento em que estamos muito inquietos. Uma dica importante é deixar fluir os pensamentos, sem se fixar neles, como nos exercícios de meditação – para quem ainda não teve a oportunidade de meditar, temos aplicativos e muitos vídeos na Internet com meditação guiada, por exemplo. Especialmente próximo ao horário de dormir, evite concentrar o pensamento em assuntos que estão fora do seu controle, como a crise sanitária em si, a atitude de outras pessoas, os cenários políticos ou as repercussões de tudo na economia mundial.
Procure profissionais de saúde se avaliar que sua situação ou a de outras pessoas precisam de suporte qualificado em saúde mental. O Conselho Federal de Psicologia, inclusive, flexibilizou normas para serviço psicológico remoto neste momento.
Estamos diante de incertezas; não precisamos estipular o período de duração da pandemia e, somente a partir disso, reorganizar nossas vidas. “Viver um dia de cada vez”, com adaptações, com ajustamentos criativos. É um momento muito oportuno para focarmos nos sentidos de nossas vidas, nas nossas riquezas interiores, na nossa capacidade de acessar aquilo que é sagrado para nós.
Trazemos dicas que podem contribuir com a vida das pessoas, mas, em alguns momentos, muito provavelmente não conseguiremos segui-las. E é importante que aceitemos isso também. Não precisamos nos cobrar “alta produtividade” agora.
Quando nos sentirmos mais agitados, podemos iniciar o exercício de inspirar e expirar mais lentamente, por exemplo. Consigo trabalhar com minha respiração? Isso já é um passo bem importante! Posso mudar meus pensamentos? Que tal lembrar paisagens bonitas? Dá para relembrar cenas alegres? Ligar para alguém que seja referência para a sua segurança é possível?
Temos um exercício importante que é reconhecer os nossos sentimentos e sensações, aprofundar nosso autoconhecimento; entrar em contato com o que sinto e, a partir disso, ter mais clareza do que estou precisando, seja de cuidado, seja de serenidade, seja de esperança; buscar fortalecer nossos momentos de tranquilidade. Podemos, quem sabe, ter a esperança de que tudo isso nos leve a reflexões profundas sobre nossos próprios estilos de vida, nosso cotidiano, nossas crenças, nossas prioridades, trazendo a possibilidade de nos (re)inventarmos como habitantes do planeta Terra.
ufc{talks} – Como lidar com as crianças em situações como essa?
Kellen Ribeiro – Repito a ideia de que, com a subjetividade humana, não há “fórmula mágica”, mas temos estudos e experiências que mostram maneiras para lidar melhor com as situações. Nós trabalhamos com tanatologia, que aborda os processos emocionais e psicológicos que envolvem as reações à perda, ao luto e à morte. Muitas pessoas querem saber como abordar esses assuntos com crianças, especialmente com as crianças pequenas.
O que as pesquisas evidenciam é que, diferentemente do que a gente pensa a partir do senso comum, que a idade da criança seria um fator decisivo na comunicação de notícias difíceis, têm mais relevância a própria atitude dos pais em relação à morte, a franqueza com os filhos para tratar desse tema e o apoio recebido da família.
Nesse contexto de pandemia, em que as pessoas estão vivendo lutos, a forma como os pais ou outras pessoas de referência lidam com as questões atuais influenciará muito a vivência das crianças. E o que temos de recomendações?
Ajude as crianças a se expressarem, a trazerem à tona seus medos e ansiedades. Cada criança terá sua maneira de fazer isso. Brincadeiras, jogos e desenhos podem ajudar nessa expressão. Independentemente da forma em si, o importante é que se sintam seguras para expressar aquilo que as mobiliza no momento.
Conserve a proximidade das crianças com seus pais, familiares ou responsáveis. Já escutei situações de pais profissionais de saúde em atividade que consideraram mais seguro deixar seus filhos com parentes próximos. Para eles foi possível; os familiares estavam com essa disponibilidade e há vínculo forte com as crianças. É importante que, mesmo nesses casos, o contato com os pais seja garantido diariamente, com a forma remota mais adequada para a idade dos filhos.
Mantenha a rotina da casa, o que serve para todos. Se possível, construa novas rotinas com as crianças, com atividades lúdicas e pedagógicas. É importante envolvê-las nas atividades domésticas e incentivá-las para que continuem brincando, socializando-se com os de dentro e de fora de casa, respeitando o distanciamento social. Tenho visto, por exemplo, crianças com mais de 5 anos conversando por aplicativos de comunicação, narrando seus dias, mostrando suas brincadeiras de casa, inventando jogos e outros modos de brincar junto, mesmo em casas separadas.
Atente para o fato de que, em momentos de crise, a criança tende a buscar e solicitar mais dos pais. A sugestão é que os pais falem sobre a COVID-19 de forma honesta e apropriada à idade deles, com explicações sobre as medidas necessárias para prevenção. Temos material lúdico disponível, como músicas da turma da Mônica que abordam o comportamento adequado em tempo de pandemia do coronavírus.
Se eles tiverem preocupações, o fato de explicitá-las pode ajudar a reduzir a ansiedade. Mas vamos lembrar que é muito importante o estado dos pais ou responsáveis. Além daquilo que é dito, ficam os gestos, a expressão das emoções. A partir daí, as crianças desenvolverão seus próprios recursos para lidar com a situação, sempre com a necessidade de apoio.
Claro que isso é desafiador para os pais, que estão com muitas outras preocupações. Mais uma vez, a gente não precisa se cobrar tanto nesta hora. Não precisa ser a “supermãe” ou o “superpai” e fazer todo o manual de brincadeiras legais, quando a gente precisa limpar a casa, fazer a comida e, possivelmente, cuidar de alguém doente, viver nossos lutos. Muitos estão com trabalho em casa e as crianças estão recebendo atividades escolares diariamente também. Nós não estávamos preparados para a escolarização domiciliar: nem as escolas, nem as crianças, nem as famílias. E temos desafios nesse sentido também!
Ao mesmo tempo, estamos diante de uma oportunidade de aprender intensivamente a “encarar” as frustrações, aprender sobre a convivência familiar 24 horas, sobre solidariedade, sobre empatia, sobre resiliência – nossa capacidade de lidar com os problemas, com os ditos “perrengues”, e de resistir às diferentes pressões que a vida traz. Certamente, teremos efeitos dessa pandemia na nossa subjetividade e é importante que a gente pense nisso desde já, para que prevaleça o cuidado não “só” com as crianças mas com a gente mesmo e com os outros, numa perspectiva ampla.
Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social e Marketing Institucional – e-mail: ufcinforma@ufc.br
Um novo passo para o tratamento de pacientes de COVID-19, doença causada pelo novo coronavírus, foi consolidado nesta semana com a finalização do protótipo do capacete de respiração assistida, batizado de Elmo. O modelo, em produção no Ceará, passava por ajustes finais e agora será submetido a testes de usabilidade, antes de entrar na fase de ensaio clínico.
O equipamento está sendo produzido por força-tarefa que envolve Governo do Ceará, por meio da Secretaria da Saúde, Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP/CE) e Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FUNCAP), além da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI/Ceará), e ainda Universidade Federal do Ceará e Universidade de Fortaleza (UNIFOR), da Fundação Edson Queiroz.
O protótipo do Elmo foi desenvolvido no Instituto SENAI de Tecnologia em Eletrometalmecânica e testado no Laboratório do SENAI de Jacarecanga, a partir de uma ideia apresentada pelo superintendente da ESP/CE, Marcelo Alcantara. “Os princípios e requisitos terapêuticos do Elmo foram plenamente atingidos com o protótipo”, avalia Alcantara após a consolidação do modelo, que passou por ajustes simples para redução de tamanho e contenção de ruído.
Nesta etapa, o Elmo será submetido a testes finais de usabilidade em voluntários. O processo ocorrerá em curto prazo e deve ser finalizado nas próximas semanas. A avaliação a partir do manuseio pode resultar em pequenos ajustes, se reportada a necessidade por usuários em testes, mas o conceito do protótipo foi concluído. “Diferentes pessoas vão testar o Elmo para avaliar a ergonomia, mas é certo que, se utilizado hoje, o equipamento cumpriria com a finalidade de dar suporte ventilatório necessário”, destaca o engenheiro eletricista, especialista em engenharia clínica pela ESP/CE, David Guaribara.
Em seguida, o modelo cearense será avaliado pela Comissão de Ética e Pesquisa da ESP/CE para entrar em ensaio clínico, isto é, teste em pacientes com insuficiência respiratória causada pela COVID-19, no Hospital Leonardo da Vinci, requisitado pelo Governo do Ceará para dar suporte aos pacientes no Estado. A fase é necessária para iniciar a produção definitiva do capacete cearense. Paralelamente, a equipe já trabalha com o registro do Elmo na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
Para o presidente da FIEC, Ricardo Cavalcante, os resultados positivos são animadores: “Estamos confiantes de que haverá uma produção em larga escala após a finalização das avaliações de saúde do comitê de ética da ESP, para que possamos ajudar ainda mais no combate à pandemia. A inteligência e a capacidade técnica dos que fazem o SENAI e dos parceiros foram imprescindíveis na busca por esse equipamento que pode vir a salvar muitas vidas”.
O Prof. Jorge Soares, diretor de Inovação da FUNCAP, explica que foram feitos testes adicionais em dois protótipos do Elmo: um de base rígida e outro de base flexível. “Os resultados seguem animadores e, com o protótipo definido, a avaliação clínica em pacientes com insuficiência respiratória deve vir nos próximos dias. Com essa sequência e os devidos trâmites na ANVISA e no INPI [Instituto Nacional da Propriedade Industrial], ganha-se a confiança necessária para a produção em larga escala. É um orgulho para o Ceará”, avalia.
Os pesquisadores envolvidos já estavam animados com os testes iniciais realizados em 23 de abril. O Elmo prevê a utilização de um mecanismo de respiração artificial não invasivo, sem necessidade de o paciente ser entubado e com maior segurança também para os profissionais de saúde.
Para o diretor de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Universidade de Fortaleza, da Fundação Edson Queiroz, Prof. Vasco Furtado, a união da indústria, academia e setor público do Ceará, consolidada na concepção e prototipagem do Elmo, precisa ser vista como alternativa para a resolução de muitos de nossos problemas. “Para a UNIFOR, fazer parte ativamente dessa iniciativa é importante pelos benefícios que o Elmo trará à sociedade e também porque nos fortalece enquanto instituição capaz de produzir inovação condizente sempre com a nossa máxima ‘Ensinando e aprendendo’”, destaca Vasco Furtado.
O pró-reitor-adjunto de Pesquisa e Pós-Graduação da UFC, Prof. Rodrigo Porto, também enfatiza a cooperação entre grandes atores de formação acadêmico-científica do Ceará e indústria na busca de soluções contra a pandemia. “O Elmo é um esforço muito bonito e estamos na expectativa, agora nesses momentos finais de testes, de homologação e de lançamento, para que o sistema público de saúde possa se beneficiar diretamente dele”, afirma.
Ainda segundo Porto, o capacete de respiração assistida representa um marco na pesquisa cearense e revela a importância do investimento em ciência e tecnologia. “Isso obviamente não aconteceu com essa velocidade somente por causa da pandemia, mas fundamentalmente porque esse domínio científico e tecnológico estava presente. Fica como uma lição para a sociedade brasileira de que esse investimento nunca foi em vão, pelo contrário, nos deixa preparados para reagir nas novas necessidades e demandas não só na saúde mas em todas as áreas da sociedade”, comenta.
SOBRE O ELMO – O Elmo é a promessa para desafogar as UTIs, que já estão saturadas de pacientes com COVID-19. Outra vantagem é o baixo custo, que garante facilidade de produção em larga escala. Enquanto uma máquina de ventilação mecânica custa em média R$ 70 mil, o capacete respirador sai a um custo de cerca de R$ 300,00 a unidade. O modelo segue um tipo adotado em países da Europa, como a Itália, que teve bons resultados, com redução da necessidade de aparelhos de ventilação mecânica em cerca de 60%. O equipamento pode ainda ser desinfectado e reutilizado.
O capacete é capaz de reduzir a necessidade de respiradores pulmonares artificiais. Trata-se de uma oxigenoterapia do paciente, que inala oxigênio puro e não reinala o CO2 produzido, que tampouco é expelido no ambiente, evitando a contaminação dos demais.
Confira o vídeo com o teste do protótipo do equipamento:
Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social e Marketing Institucional da UFC – e-mail: ufcinforma@ufc.br
Pesquisa desenvolvida no Campus de Sobral da Universidade Federal do Ceará investiga uma alternativa de diagnóstico de COVID-19, a partir da análise de tomografias computadorizadas (TCs) de pulmão feitas em pacientes com suspeita da doença. Coordenado pelo Prof. Iális Cavalcante, do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica e de Computação (PPGEEC) do Campus de Sobral, o estudo busca definir uma metodologia de segmentação e reconhecimento de regiões de infecção nas imagens de tomografia computadorizada.
“Buscamos uma metodologia que permita aos infectologistas e pneumologistas obter uma classificação mais precisa da doença, sem que futuramente haja necessidade direta do teste em laboratório, ou que possa ajudar na confirmação em casos de redundância dos testes utilizados. As imagens são obtidas no momento em que o paciente dá entrada no hospital e novas TCs podem ser coletadas ao longo do tratamento”, explica o Prof. Iális.
Segundo o docente, no decorrer do desenvolvimento da pesquisa científica, não será possível desconsiderar o uso dos testes de laboratório, uma vez que eles são utilizados para analisar o desempenho da metodologia a ser proposta.
DETALHAMENTO – A pesquisa é intitulada “Detecção de COVID-19 em imagens de tomografia computadorizada de pulmão através de segmentação adaptativa e aprendizado profundo”. Segundo o coordenador do estudo, entende-se por segmentação o ato de separar, em uma imagem, aquelas regiões em que se tem mais interesse, “ou seja, numa foto de um gato descendo de uma árvore, posso segmentar só a região do gato ou da árvore, de acordo com o meu objetivo. Na situação de um novo vírus, diferentes regiões do pulmão podem se tornar relevantes para a pesquisa, variando de acordo com a idade do paciente e do tempo de infecção. Então, a pesquisa precisa se adaptar a essas possibilidades de mudança das imagens analisadas”, detalha o pesquisador.
Ele explica que, no campo da aprendizagem de máquina (um dos ramos da inteligência artificial), há uma série de algoritmos que podem auxiliar na classificação adequada das imagens dos pacientes analisados, ajudando a identificar se o paciente tem a COVID-19 ou outros tipos de doença respiratória.
“Não sabemos como será o avanço da pandemia e especialistas em epidemiologia informam que muitos tratamentos devem surgir até se encontrar uma vacina. Por isso, mais propostas de diagnóstico surgirão para aprimorar esses tratamentos emergentes”, pontua o Prof. Iális.
A pesquisa está em fase inicial. Nessa etapa, a equipe está fazendo o levantamento de imagens de tomografias disponíveis em bases públicas do Brasil e do exterior, o que já configura uma contribuição positiva, uma vez que a coleta pode trazer caracterizações importantes desses dados para a comunidade científica.
A ideia do grupo é também utilizar imagens do Hospital Regional Norte, localizado em Sobral. Para isso, aguarda autorização dos comitês de ética em pesquisa da UFC e do Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH).
Após essa etapa, serão realizados o estudo e a aplicação de técnicas de segmentação de imagens, para isolar as regiões relevantes do pulmão e identificar adequadamente os casos com COVID-19; em seguida, a implementação dos classificadores das imagens, para ajudar os especialistas na distinção mais precisa do tipo de doença respiratória que acometeu o paciente analisado.
Além do Prof. Iális, participam do estudo os docentes Carlos Alexandre Rolim Fernandes, Jarbas Joaci de Mesquita Sá Júnior e Márcio André Baima Amora, e os estudantes de graduação José Ediberto Júnior e Jadson Mororó. Estudantes de pós-graduação serão selecionados em breve para o projeto.
Fonte: Prof. Iális Cavalcante, do Curso de Engenharia da Computação e do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica e de Computação (PPGEEC) do Campus de Sobral da UFC – e-mail: ialis@sobral.ufc.br
A suspensão das atividades presenciais nas instituições de ensino, inclusive na Universidade Federal do Ceará, e o isolamento social causado pela pandemia do coronavírus geram uma nova demanda: a de ferramentas e métodos que facilitem o contato remoto entre alunos e professores.
Para ajudar discentes e docentes nessa tarefa, a UFC, por meio da Pró-Reitoria de Relações Internacionais e Desenvolvimento Institucional (PROINTER), em parceria com a Coordenadoria de Comunicação Social e Marketing Institucional (CCSMI), desenvolveu uma cartilha virtual sobre aulas remotas.
A ideia do material, disponibilizado como um e-book, é apresentar à comunidade acadêmica alternativas de ferramentas e dicas de produtos que possam ajudar a lidar com a atual situação, de caráter inédito para todos, além de alimentar ideias para projetos futuros.
Na cartilha, os leitores podem encontrar depoimentos dos próprios professores da UFC sobre meios que encontraram de driblar o problema causado pelo isolamento, sem deixar que os alunos fiquem desamparados.
Entre as dicas, estão formas de usabilidade do Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas (SIGAA), softwares gratuitos para transmissão ao vivo e gravação de videoaulas, métodos de utilização das redes sociais, dicas de aplicativos de gerenciamento de aulas e até a sugestão de produção de podcasts.
Para acessar a cartilha, basta clicar aqui e fazer o download. O material é disponibilizado após o preenchimento de um formulário simples.
Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social e Marketing Institucional da UFC – e-mail: ufcinforma@ufc.br
A Universidade Federal do Ceará, uma das principais instituições públicas de ensino superior do Brasil, notabiliza-se nas áreas de internacionalização e de difusão do conhecimento. No final de março, foi publicado um artigo no volume 13 da revista científica Journal of Selected Topics in Applied Earth Observations and Remote Sensing, do Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE). O periódico possui o conceito Qualis A1, o mais alto fator de impacto e de excelência internacional, segundo a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).
O artigo “Automatic multichannel volcano-seismic classification using machine learning and EMD” (“Classificação automática multicanal de sinais sísmico-vulcânicos usando aprendizado de máquina e decomposição modal empírica”, na tradução) foi submetido por sete autores, entre cientistas brasileiros, peruanos e franceses. Assinam o artigo os pesquisadores Pablo Eduardo Espinoza Lara (UFC), Carlos Alexandre Rolim Fernandes (UFC), Adolfo Inza (Instituto Geofísico do Peru/IGP), Jérôme Mars (Instituto de Tecnologia de Grenoble, França), Jean-Philipe Métaxian (Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento de Marselha, França), Mauro Dalla Mura (Instituto de Tecnologia de Grenoble, França) e Marielle Malafante (Comissão de Energia Atômica e Energias Alternativas de Palaiseau, França).
O estudo analisou o comportamento sísmico do vulcão Ubinas, o mais ativo do Peru, a 1.200 quilômetros ao sul da capital Lima. Para tanto, foi aplicado um método de modelagem envolvendo inteligência artificial, aprendizado de máquina e algoritmo de decomposição modal empírica. O propósito disso era classificar sequências de eventos ocorridos no interior do vulcão, como o movimento de fluidos, gases e cinzas, quebra de rochas, tremores e explosões. O modelo empregado pela equipe de cientistas obteve uma taxa de sucesso de 90,5%.
EXPERIÊNCIAS – Antes de cursar o mestrado em Engenharia Elétrica e da Computação no Campus da UFC em Sobral, o peruano Pablo Espinoza Lara trabalhou no Instituto Geofísico do Peru (IGP), órgão governamental de monitoramento das atividades sísmicas naquele país. As pesquisas no IGP envolvem geofísica, sismologia, vulcanologia e climatologia, como, por exemplo, os efeitos do fenômeno El Niño. Durante os dois anos do mestrado aqui no Brasil, ele obteve uma bolsa conjunta da CAPES e da Organização dos Estados Americanos (OEA). Pablo já voltou à terra natal e planeja fazer o doutorado na França, bem como desenhar um sistema de alerta precoce para terremotos de grande magnitude.
“Até agora, não há método para prever quando e onde um terremoto ocorrerá. Atualmente, a inteligência artificial é um método promissor para resolver esse problema, devido à rápida resposta para calcular a localização e magnitude de um terremoto que já aconteceu e notificar a população o mais rápido possível, para que eles possam sair das casas e evitar a maior quantidade de perdas humanas”, explica Pablo Lara.
AVALIAÇÃO – Segundo o Prof. Carlos Alexandre Fernandes, do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica e da Computação (PPGEEC) do Campus da UFC em Sobral, além do impacto científico propriamente dito, a pesquisa propiciou a colaboração e o estreitamento de laços acadêmicos e profissionais com instituições estrangeiras. Avalia o docente, orientador de Pablo no mestrado, que dessa maneira foi fortalecida a internacionalização tanto do PPGEEC como da UFC.
“A ideia é que o sistema de detecção proposto nesta pesquisa seja implementado no IGP para que os vulcões possam ser monitorados em tempo real. É importante ressaltar que não foi apenas um estudo teórico, mas uma pesquisa que deverá ser implementada na prática, com alto impacto na segurança da região afetada”, afirma o orientador.
O artigo está disponível para leitura no site do periódico (em inglês).
Fonte: Pablo Espinoza Lara, mestre em Engenharia Elétrica e de Computação pela UFC –
A Equipe de Assistência Estudantil do Campus da Universidade Federal do Ceará em Sobral, no uso de suas atribuições administrativas, informa sobre o novo formato da Jornada de Iniciação Acadêmica (JOIA), evento para os bolsistas recém-ingressos no Programa de Iniciação Acadêmica.
Conforme a suspensão das atividades presenciais na Universidade como medida de enfrentamento à pandemia do novo coronavírus (COVID-19), a JOIA será realizada à distância, através de uma publicação na plataforma de compartilhamento de vídeos Youtube. O link do vídeo será disponibilizado para os e-mails dos bolsistas (conforme cadastro no SIGAA).
A visualização do vídeo é obrigatória, tanto para os estudantes novatos quanto para os veteranos. Diante da impossibilidade de acesso, o estudante deverá enviar justificativa ao e-mail da Equipe de Assistência Estudantil do Campus Sobral (case@sobral.ufc.br).
Demais informações sobre a alocação dos estudantes veteranos nos Projetos aprovados serão repassadas por e-mail.
A equipe de Assistência Estudantil do Campus de Sobral, no uso de suas atribuições administrativas, torna público o Resultado Final da Bolsa de Iniciação Acadêmica (BIA) e Auxílio Creche 2020 referente ao Edital Nº 05/2020/PRAE/UFC – Campi do Interior.
Àqueles que não tem interesse em assumir a vaga da Bolsa de Iniciação Acadêmica, solicita-se que enviem um e-mail à Assistência Estudantil do campus (case@sobral.ufc.br), informando o seu nome completo, CPF e matrícula até o dia 22 de abril. Àqueles que porventura não tenham informado seus dados bancários (conta corrente ativa com titularidade do estudante), faz-se imprescindível que esses sejam também enviados até o dia 22 de abril.
A ordem de classificação do Cadastro de Reserva para a Bolsa de Iniciação Acadêmica só será divulgada no resultado final do Programa Auxílio Moradia, dia 9 de junho.
Sobre a alocação dos alunos selecionados nos projetos e a Jornada de Iniciação Acadêmica (JOIA), serão emitidos comunicados específicos por e-mail com as devidas orientações.
Os demais programas Auxílio Moradia, Auxílio Emergencial e Isenção da Taxa do Restaurante Universitário seguem o cronograma do campus Sobral conforme Edital.
Considerando que seguirão suspensas, até o dia 30 de abril, as atividades presenciais administrativas e acadêmicas da Universidade Federal do Ceará, conforme determinado na Resolução Ad Referendum Nº 9/CONSUNI, a Coordenadoria de Assistência Estudantil do Campus Sobral realiza atendimento remoto via e-mail: case@sobral.ufc.br.
A equipe de Assistência Estudantil do Campus de Sobral, no uso de suas atribuições administrativas, torna público o Resultado da Análise Documental Pós-Recurso do Processo Seletivo Unificado referente ao Edital Nº 05/2020/PRAE/UFC – Campi do Interior.
Os resultados da seleção dos Programas Bolsa de Iniciação Acadêmica e Auxílio Creche estão previstos para o final do dia 20 de abril de 2020. Aguarde as próximas etapas do processo seletivo de cada Programa para qual concorre.
Considerando que seguirão suspensas, até o dia 30 de abril, as atividades presenciais administrativas e acadêmicas da Universidade Federal do Ceará, conforme determinado na Resolução Ad Referendum Nº 9/CONSUNI, a Coordenadoria de Assistência Estudantil do Campus Sobral realiza atendimento remoto via e-mail: case@sobral.ufc.br.
A Universidade Federal do Ceará garantiu recursos suplementares da ordem de R$ 4 milhões do Ministério da Educação (MEC) para iniciativas de combate à COVID-19. O montante já está sendo usado na compra de equipamentos e insumos para ações que a Universidade vem realizando e também financiará projetos de pesquisa e de extensão da Faculdade de Medicina (FAMED), segundo informa o reitor Cândido Albuquerque, que negociou os valores com o Ministério.
A quantia, já disponível, foi destinada à UFC na forma de descentralização financeira de orçamento do MEC e pode ser usada para gastos de custeio e em despesas de capital, ou seja, em investimentos para garantir uma melhor infraestrutura na Instituição com vistas ao enfrentamento da doença. Todas as unidades que responderam ao chamamento realizado pela Pró-Reitoria de Planejamento e Administração (PROPLAD) para apresentação de projetos relacionados ao novo coronavírus serão contempladas.
Segundo o Prof. Cândido Albuquerque, já foram adquiridos, com estes recursos, 3 impressoras 3D e um cortador de alta performance para alavancar a produção de equipamentos de proteção individual (EPIs). A Universidade já vem realizando a produção desses equipamentos, em especial de face shields, que são protetores faciais que preservam o rosto inteiro do profissional de respingos de produtos químicos e de materiais potencialmente infecciosos.
Insumos para a produção de álcool em gel também entraram nesse pacote, assim como kits para a realização de exames para detecção do novo coronavírus (SARS-COV-2). “Esses exames serão testados em nossos profissionais de saúde, que estão atuando nos hospitais da UFC. Esta é uma medida urgente para protegê-los e para garantir que não tenhamos uma queda no número de profissionais que estão em ação neste momento tão delicado”, destaca o Prof. Cândido Albuquerque.
Concomitantemente aos profissionais de saúde, os exames serão feitos também nos estudantes que moram nas residências universitárias da UFC. “É necessário que façamos isso, pois, caso algum aluno seja identificado com o vírus, precisamos tomar as providências urgentes para seu isolamento e tratamento, impedindo que o vírus se espalhe pelas residências”, reforça o reitor.
As definições sobre as prioridades na utilização desses recursos liberados pelo MEC estão sendo tomadas junto ao Comitê de Enfrentamento da COVID-19 e a todos os diretores e diretoras de unidades acadêmicas da UFC.
Desta forma, a Universidade realiza as ações preventivas com urgência dentro da própria Instituição, atua no enfrentamento ao vírus junto à população e apoia as ações nos hospitais do Estado.
“A UFC, nos últimos dias, se preparou de maneira muito eficiente, muito satisfatória, para a campanha de enfrentamento ao novo coronavírus. Essas medidas que estão sendo tomadas estão dando à Universidade um protagonismo de primeira ordem, não antes visto, protegendo tanto a população interna quanto a externa à Instituição”, destaca o reitor.
AÇÕES E PESQUISAS NA MEDICINA ‒ Do total de R$ 4 milhões garantidos através do MEC, uma quantia de R$ 1,5 milhão foi destinada à Faculdade de Medicina (FAMED). De acordo com o diretor da FAMED, Prof. João Macedo Coelho Filho, foi lançado um chamamento a pesquisadores da Faculdade para que apresentem projetos de enfrentamento à COVID-19. As propostas serão recebidas até esta sexta-feira (17).
Conforme o Prof. João Macedo, os recursos serão destinados tanto a projetos de pesquisa como a ações de extensão. “Na área de pesquisa, por exemplo, existem projetos nos quais pesquisadores estão testando substâncias para o combate do novo coronavírus. Já na área de extensão, um dos projetos apresentados prevê o suporte a pessoas de mais idade, que vivem em instituições de longa permanência para idosos, as chamadas ILPIs, que é o caso dos asilos. O projeto se propõe a ajudar a Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza a cuidar dessa população, que é a mais vulnerável a esse vírus”, destaca o professor, que reforça a preocupação da FAMED com essa parcela da população, a qual, aponta, não tem sido beneficiada com projetos específicos diante da pandemia.
Os projetos a serem atendidos com os recursos serão tanto da área experimental (laboratórios), como da clínica (a exemplo da testagem de substâncias em pacientes) e da social. O diretor da FAMED acrescenta que os recursos permitirão equipar melhor as unidades de pesquisa e os laboratórios, qualificando-os tanto para ações emergenciais, como é esta de combate ao novo coronavírus, como para projetos de longo prazo.
LICITAÇÃO ‒ Além desses recursos provenientes do MEC, a UFC participa de uma licitação compartilhada e emergencial patrocinada pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) para aquisição de itens necessários indicados por unidades da UFC também nesta ação de combate ao novo coronavírus. No certame, ainda em processo, a UFC prevê uma compra que envolve recursos de cerca de R$ 700 mil.
Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social e Marketing Institucional da UFC ‒ e-mail: ufcinforma@ufc.br